Esperando
Lá vem ela, com seus passos de algodão, chegando aos pouquinhos. Primeiro acho que é somente um desânimo, uma vontade de não ter vontade.
Transforma-se em pensamentos pessimistas, autodepreciativos, medos e angústia. Quando percebo já estou questionando minha existência e me fechando no meu mundinho cinza.
Não é depressão. É a minha amiga melancolia, que me acompanha desde sempre e faz parte de mim. É o vazio existencial de Sartre, é o absurdo de Camus, é a falta de sentido de Alberto Caeiro.
O que faço? Espero. Passa.
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